quinta-feira, 21 de agosto de 2008

A Flecha e o Movimento

Fico pensando... imagine um alvo para flechas a 10m de você; a flecha que você tem, tem ela, exatamente 50cm... ao disparar a flecha, ela viaja a uma determinada velocidade (desprezível); se pudéssemos somar cada momento dessa "viagem" da flecha, numa escala de 50 em 50cm, teríamos o numero de 20 somatórias de 50cm; esse número de somatória poderia aumentar ao infinito, como exemplo, se dissesse que essa distancia é de 1 milhão de flechas, estaria absolutamente normal, a afirmação. Sempre, essa distancia seria a somatória infinita do espaço percorrido pela flecha... pior, podemos concluir então, que o movimento da flecha, é a somatória dos momentos "parados" dela (ao infinito)! ouch!

(adaptação livre do mesmo tema, abordado por Franz Kafka)

O Espelho

Fico pensando... e é toda vez que entro no banheiro, aquele espelhinho dentro do box, com aquela borda alaranjada; hoje é de plástico, mas houve um tempo, muito tempo atrás que essa armação era de madeira... continua sendo o mesmo modelo que vi tantas vezes meu pai e tios usar, pra fazer a barba, em pé, ao relento, com o vento passando pela barriga reluzente. Usava-se um creme Bozanno jogado dentro da tampa de saboneteira, com a ajuda de uma espécie de bucha de pelos de algum bicho, era ensopar aquilo e passar na cara (quando acabava o bozanno, ia sabonete mesmo e, este se acabasse, ia sabão em barra; acho que depois era cuspe mesmo!). Depois vem a parte que hoje, usando barbeadores de última geração, com três lâminas flexíveis e os cambaus fico com medo... ele pegava uma gilete daquelas antigas, compradas à lâminas, enrolada num papel especial e , com a ajuda de uma lasca de madeira, aberta ao meio em uma das extremidades e preso nas pontas por linhas de costura... ali ficava a lâmina, reluzente! agora, era pegar o espelhinho, encher as bochechas de ar, e tentar fazer o menor estrago possível, esse era o objetivo, a barba feita saia como subproduto... e o espelhinho o mais próximo possível da cara; qualquer erro é "fatal", é sangue!... quem se habilita! vou falar aqui, já tentei usar isso, quando estive pelas bandas das roças de Piripiri... meu rosto ainda hoje tem cicatrizes! oxente!
E esse espelhinho no meu box me lembra isso - e tantas outras! quem não tivesse um espelhinho desses em casa naquela época, do rico ao pobre, era como não ser gente!

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

A Definição de Nada

Fico pensando... o que seria NADA? Acima da atmosfera não podemos dizer que não tem nada, pois não existe vazio no universo. Mas, imagine um lápis, um palito de dente,... defina visualmente o meio dele (nem precisa ser tão preciso!); bom tem-se um meio (do objeto) que é visível; aquilo é o meio. Quebre o objeto "ao meio"... e o meio deixou de existir, é o NADA! E, pior, é impossível você conseguir juntá-lo novamente; essa separação é para sempre... virou NADA! ou seja, a melhor definição de NADA é o MEIO!

domingo, 10 de agosto de 2008

Borda e contorno...

Fico pensando... se o universo está se expandindo, então ele tem borda, um contorno e não é infinito... e se tem contorno ou borda, tem o lado de fora... e se for finito, também tem borda e, a mesma coisa, tem o lado de dentro e o de fora!